sexta-feira, 13 de junho de 2014


Palavras infinitas estocadas em minha mente, repito em pausas, mentalmente, feito uma demente, feito indigente. Palavras, o que for, eu só quero que ocupe a minha mente;
- Cadeira,
- chocolate,
- estante, 
- bala, 
- pedra,
- fogo, 
- tinta, 
- mão, 
- segundos, 
- pessoas,
- sono, 
- escada,
- bolha, 
- porta, 
- barulho,
- azul, 
- gol,
- som,
- fim.

 E no fim, você insiste, persiste, me perturba. Vontade de sumir, e as palavras repito novamente, mentalmente feito demente, feito indigente; 
- Doce,
- trem,
- relógio,
- passos,
- reza,
- casa, 
- bolsa,
- toalha, 
- chave, 
- foto, 
- rosas, 
- alma, 
- barulho, 
- azul, 
- gol,
- som, 
- fim, 
- fim,
- fim, 
- fim.......................................................................................................................................

quarta-feira, 11 de junho de 2014


 “Deveria ser proibido se apaixonar sozinho!", repetia a frase pela enésima vez enquanto enxugava as lagrimas, a frase ecoava a sala vazia e imensa feito a dor que agora tomava conta dele, fiquei ali, parada olhando ele chorar, não me mexi, nem sequer falei alguma palavra, apenas meu pensamento indagando-me o porque ele estava assim? E apenas uma garota qualquer, se nem bonita ela era, muito menos simpática, mas lá estava ele chorando feito criança, revirei meus olhos, daquele jeito que a gente faz quando a situação parece banal demais, coisa sem importância, não que eu não me importasse com ele, de maneira alguma, ao contrário, eu queria poder usar  as palavras como anestesia que acalmasse seu coração, eu queria poder ter dito alguma coisa, que fizesse evaporar essa dor que ele sentia, mas nada me veio na mente, absolutamente nada, pois era exatamente assim como eu me sentia, e não tinha ninguém que pudesse acalmar meu coração, eu amava ele, eu queria ele, todas as coisas que ele queria com aquela garota, eu queria que ele quisesse comigo, era tanto querer que fiquei ali, olhando ele chorar e desejei fosse por mim, tamanha dor e angustia – Naquele momento corei de vergonha com tanto egoísmo, respirei fundo, me aproximei, abracei-o e falei “Acalme-se, as pessoas de quem gostamos merecem saber o quanto gostamos delas, independente do que for acontecer, opção delas e aceitar ou não esse querer, não se pode obrigar ou exigir amor de quem não sente o mesmo.”  - Auto conselho ou auto sabotagem.