“Deveria ser proibido se apaixonar sozinho!",
repetia a frase pela enésima vez enquanto enxugava as lagrimas, a
frase ecoava a sala vazia e imensa feito a dor que agora tomava conta dele,
fiquei ali, parada olhando ele chorar, não me mexi, nem sequer falei alguma
palavra, apenas meu pensamento indagando-me o porque ele estava assim? E apenas
uma garota qualquer, se nem bonita ela era, muito menos simpática, mas lá
estava ele chorando feito criança, revirei meus olhos, daquele jeito que a
gente faz quando a situação parece banal demais, coisa sem importância, não que
eu não me importasse com ele, de maneira alguma, ao contrário, eu queria poder
usar as palavras como anestesia que
acalmasse seu coração, eu queria poder ter dito alguma coisa, que fizesse
evaporar essa dor que ele sentia, mas nada me veio na mente, absolutamente
nada, pois era exatamente assim como eu me sentia, e não tinha ninguém que
pudesse acalmar meu coração, eu amava ele, eu queria ele, todas as coisas que
ele queria com aquela garota, eu queria que ele quisesse comigo, era tanto
querer que fiquei ali, olhando ele chorar e desejei fosse por mim, tamanha dor
e angustia – Naquele momento corei de vergonha com tanto egoísmo, respirei
fundo, me aproximei, abracei-o e falei “Acalme-se, as pessoas de quem gostamos
merecem saber o quanto gostamos delas, independente do que for acontecer, opção
delas e aceitar ou não esse querer, não se pode obrigar ou exigir amor de quem não sente
o mesmo.” - Auto conselho ou auto
sabotagem.
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